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3 de jan. de 2009

Prefeitos anunciam cortes nos gastos e cautela para 2009

Mais de cinco mil prefeitos assumiram com uma pergunta na cabeça: qual será o tamanho do estrago da crise financeira internacional nos cofres dos município

Hoje é o primeiro dia útil depois da posse dos novos prefeitos. Eles assumiram com um sorriso no rosto. Mas muitos falaram em cortes de gastos.
O Bom Dia Brasil relembra quem são os prefeitos das capitais.
Sudeste

No Rio de Janeiro, o novo prefeito é Eduardo Paes (PMDB). O democrata Gilberto Kassab foi reeleito, em São Paulo. Outro que reconduzido ao cargo foi o petista João Cóser de Vitória. Em Minas Gerais, a prefeitura é de Márcio Lacerda (PSB). Sul
Na região, os três prefeitos das capitais foram reeleitos. Em Porto Alegre, volta José Fogaça (PMDB). O também peemedebista Dário Berger continua como prefeito de Florianópolis. Beto Richa foi reeleito (PSDB), em Curitiba.
Nordeste

Em Salvador, a gestão é de João Henrique (PMDB). Em Aracaju, o prefeito é Edvaldo Nogueira (PC do B). Cícero Almeida (PP) assume, em Maceió. No Recife, a prefeitura é de João da Costa (PT). Ricardo Coutinho (PSB) assumiu em João Pessoa. O PV de Micarla de Souza assumiu em Natal. Luiziane Lins (PT) é a nova prefeita de Fortaleza. João Castelo (PSDB) assume, em São Luís. Silvio Mendes (PSDB), de Teresina, completa as capitais do nordeste.
Centro-Oeste

Goiânia e Campo Grande são do PMDB, com Íris Rezende e Nelson Trad Filho, respectivamente. Em Cuiabá, o prefeito é Wilson Santos (PSDB).
Norte

Em Rio Branco, assumiu Raimundo Angelim (PT). Roberto Sobrinho (PT) é prefeito de Porto Velho. Amazonino Mendes (PTB) volta à prefeitura de Manaus. Roberto Góes (PDT) assume em Macapá. Em Boa Vista, assumiu Iranilson Sampaio (PSB). Duciomar Costa (PTB) é prefeito de Belém. Raul Filho (PT), em Palmas, completa as capitais da região norte.
anunciam cortes e prometem cauleta para 2009

Os mais de cinco mil prefeitos que assumiram ontem têm em comum uma preocupação: em tempos de crise financeira, como administrar as contas? Onde cortar? Como conter gastos no início de mandato?
Prefeitos das capitais, das cidades pequenas e das cidades grandes estão preocupados com o caixa. Alguns sabem que herdaram dívidas de gestões anteriores. Outros ainda nem tiveram acesso às contas.
Mesmo quem está começando o segundo mandato tem pendências. Já os que têm dinheiro em caixa temem os reflexos da crise econômica mundial.
Eduardo Paes (PMDB) tomou posse diante de aliados, como o governador Sérgio Cabral, e sem a presença do ex-prefeito Cesar Maia. Logo após a cerimônia, Paes anunciou medidas e decretos para diminuir a burocracia, combater o nepotismo e controlar os gastos da prefeitura.
“Nós vivemos um período difícil. Infelizmente, nesse processo não tivemos acesso ao fluxo de caixa da prefeitura e não sabemos a situação que vamos encontrar. É um tempo complicado", afirmou.

Em Belford Roxo,na Baixada Fluminense, a preocupação com as contas também marcou a posse de Alcides Rolim (PT). Ele assumiu a prefeitura sem conhecer o tamanho do rombo. Mas sabe que vai enfrentar dificuldades. O antecessor não pagou o 13º dos servidores, e o serviço de coleta de lixo está suspenso, por falta de pagamento.
Em Ponta Grossa, no Paraná, o prefeito Pedro Wosgrau (PSDB), que tomou posse reeleito, criou um plano para renegociar com moradores que devem taxas e impostos. Para economizar, aumentou o período de recesso da prefeitura. Expediente normal só em fevereiro.
Gilberto Kassab (DEM) terá mais quatro anos para administrar a cidade com maior orçamento do país. Depois da posse, o retorno a um endereço que Kassab já conhece há dois anos.
Uma cerimônia para 150 pessoas, na prefeitura, marcou o início do novo mandato, o primeiro como prefeito eleito.
Em uma entrevista à TV Globo, ele admitiu que, apesar de iniciar o segundo mandato sem dívidas, 2009 será um ano difícil, por causa da crise financeira internacional, e prevê queda da arrecadação.
Mesmo assim diz que vai manter investimentos em saúde, educação e transportes. “Vamos procurar diminuir o custeio da máquina, ou seja, vamos diminuir número de cargos de empregos e renegociar contratos. Enfim, vamos diminuir despesas para o funcionamento da prefeitura de São Paulo”, declarou Kassab.
Será um ano de cautela e de muita renegociação. A maioria dos prefeitos disse que vai cortar gastos da máquina administrativa, mas que pretende também poupar as áreas de saúde, educação e dos projetos sociais.
Fonte: Jornal Bom Brasil, RG


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