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14 de dez. de 2007

PF prende oito prefeitos por desvio de recursos da UniãoQuadrilha incluía empresários e agia em estados nordestinos

Mais de oitenta pessoas foram presas ontem no Maranhão e no Piauí, durante a Operação Rapina da Polícia Federal, entre elas oito prefeitos de municípios do Maranhão e três empresários do Piauí. Todos faziam parte de uma quadrilha especializada em forjar licitações públicas para justificar os desvios de recursos da União repassados aos municípios através de programas sociais, em especial de saúde e educação.
Foram presos secretários de saúde, educação, chefes de licitação das prefeituras, donos de empresas de contabilidade e funcionários do Tribunal de Contas do Maranhão.
— Eles fizeram rapinagem nos cofres públicos. As aves de rapina se dão bem no Maranhão, onde a corrupção é desenfreada — disse o superintendente da PF, Gustavo Gominho.
Foram presos os prefeitos Aldenir Santos (PV), do município de Urbano Santos; José Cardoso do Nascimento (PSC), de Araioses; Francimar Marcolino da Silva (PMDB), de Governador Newton Belo; Iara Quaresma (PDT), de Nina Rodrigues; Luís Gonzaga Muniz Fortes (PT do B), de São Luís Gonzaga; José Teixeira Noronha (PMDB), de Paulo Ramos; Maria Sônia Campos (DEM); de Axixá, e Cleomar Tema (PSB) de Tuntum.
A prefeita de Tufilândia, Marinalva Madeiro Sobrinho (PSB), não foi encontrada pela PF até o início da noite. A prisão do prefeito de Tuntum foi a de maior repercussão, por ser ele o presidente da Federação dos Municípios do Maranhão. A Famem deve entrar hoje com um pedido de relaxamento de prisão no Tribunal Regional Federal da 1aRegião, em Brasília.
— As prisões foram arbitrárias, já que todos possuem endereços certos — disse o advogado Norberto Campelo.
Foram apreendidos nos Lençóis Maranhenses quatro lanchas de luxo, US$ 20 mil e R$ 70 mil. A polícia não divulgou os nomes de todos os presos.
A quadrilha agia em parceria com os prefeitos, que, não tendo como justificar seus gastos nas prestações de contas, simulavam licitação que era rapidamente autorizada, com parecer favorável do assessor jurídico do município. Toda a documentação era preparada em escritórios de contabilidade de São Luís e entregue aos secretários de educação ou saúde. A PF do Piauí prendeu quatro empresários que forneciam notas fiscais frias e participavam com várias empresas das licitações
Fonte: O Globo

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