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17 de abr. de 2009

Ministério da Saúde investiga fraude no SUS


Hospitais teriam fraudado consultas, exames e até internações. O ministério da Saúde quer descobrir agora o tamanho do rombo.
Serviços que nunca teriam sido prestados por hospitais estariam sendo cobrados do governo. O rombo é no orçamento do Sistema Único de Saúde. Hospitais teriam fraudado consultas, exames e até internações. O ministério da Saúde quer descobrir agora o tamanho do rombo.
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O mecânico Janderson Florentino foi ao pronto-socorro por causa de uma fratura no braço. Trouxe na carteira o cartão do SUS: “Ando sempre com o cartão”, garante.
O cartão foi criado em 1996. A ideia era ter um acompanhamento dos atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde, em todo o país. Depois de dez anos e de mais de R$ 400 milhões investidos, existem 136 milhões de cadastros, com informações pouco confiáveis.
Os dados do cartão são usados na prestação de contas ao governo federal para que os hospitais recebam o equivalente ao que foi gasto nos atendimentos. Mas como não há controle, a suspeita do próprio ministério da Saúde é de que o cartão esteja servindo como instrumento de fraude.
O número que aparece no cartão é registrado pelo hospital quando são feitos procedimentos mais caros, como internações. Só que em muitos casos, um mesmo número é usado diversas vezes na hora da prestação de contas. É como se aquele paciente tivesse tido várias internações e o hospital recebe os recursos como se tivesse gastado todo aquele dinheiro.
A denúncia foi feita durante reunião do Conselho Nacional de Saúde, que já vinha cobrando explicações do ministério sobre os recursos gastos com o cartão.
“Isso é falido. Acho que merece por parte dos poderes constituídos, inclusive por parte do Conselho Nacional de Saúde, uma averiguação mais aprofundada para apurar as devidas responsabilidades”, pede o presidente do Conselho Nacional de Saúde Francisco Batista Júnior.
O ministério disse que vai fazer uma auditoria e prepara um novo projeto de cartão do SUS que, além de registrar todo o histórico médico dos pacientes, promete ter maior fiscalização.
“Estamos trabalhando para identificar possíveis fraudes, o que acende uma luz vermelha no sentido que nós temos que aperfeiçoar esse controle. O cartão é isso”, diz a secretaria-executiva do ministério da Saúde Marcia Bassit.
Ainda para tentar combater as fraudes, o ministério da Saúde já decidiu padronizar o cartão do SUS. Hoje, o modelo varia de estado para estado.
Fonte: Jornal Bom Dia Brasil, RG

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