Brasil

Brasil
Brasil

19 de jun. de 2008

Golpe milionário: clonagem de cartões de crédito gera prejuízos crescentes

É um crime comum, mas difícil de prever. Nem os bancos, com toda a tecnologia, conseguem evitar. A clonagem de cartões de crédito é um crime comum entre os consumidores de todo o Brasil. Os especialistas se esmeram em criar meios mais eficazes de evitar as fraudes.
Não é só na internet que mora o perigo. Pelo contrário: a maior parte dos casos de fraude acontece dentro de estabelecimentos comerciais. Funcionários que fazem parte de quadrilhas roubam os dados dos clientes. Apesar dos investimentos em segurança, é cada vez maior o número de vítimas de clonagem de cartões de crédito e de bancos.
Eles movimentam uma fortuna – só no ano passado, as transações com cartões de crédito e débito no país somaram R$ 183 bilhões. Com tanto dinheiro de plástico circulando, a ação de bandidos também cresce.
Em Londrina, no Paraná, criminosos instalaram aparelhos de clonagem nos caixas eletrônicos. Dezenas de correntistas não puderam movimentar as contas, como Antônio Gomes da Silva, que ficou sem o dinheiro da aposentadoria. Em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, três homens foram presos acusados de usar a internet para capturar senhas bancárias de clientes de todo o Brasil.
As fraudes com cartões de crédito e de débito dão tanto trabalho que as administradoras e bancos estão sempre tendo que inventar tecnologias para barrar o avanço das quadrilhas. Ao contrario do que muitos consumidores pensam, nem sempre a internet e os caixas eletrônicos são os meios de pagamento mais vulneráveis.
O especialista em segurança Eduardo Daghun trabalhou durante dez anos na área de risco de uma das maiores administradoras de crédito. Ele explica que hoje, por causa dos sofisticados sistemas de rastreamento dos bancos, os bandidos estão atuando no comércio.
“Muitas vezes acontece com o aliciamento dos funcionários da loja, para que eles possam colaborar com o fraudador capturando os dados eletrônicos de pagamento do crédito e de débito e repassando para essa quadrilha em troca de dinheiro”, explica o especialista em segurança Eduardo Daghun.
Para ter acesso a mais dados, esses funcionários costumam pedir, por exemplo, que o cliente digite a senha mais de uma vez. Foi com um telefonema em um domingo que a corretora de imóveis Maria Silvia Mesquita descobriu que o cartão estava clonado. O banco ligou para saber se ela havia feito compras em um supermercado naquele mesmo dia.
“Eu tinha usado cinco vezes seguidas o meu cartão e se eu permitia que ele fosse bloqueado. Eu permiti. Acho que os bancos hoje já conhecem a gente”, conta a corretora de imóveis.
Realmente, os bancos e operadoras de cartão de crédito conhecem o comportamento dos clientes. Hoje já existem programas de informática que conseguem aprender como o consumidor gasta e perceber desvios do padrão, mas isso não significa que o consumidor pode relaxar.
Uma dica para tentar evitar fraudes é nunca perder de vista o cartão na hora de fazer pagamentos em restaurantes, postos de gasolinas ou lojas.
Fonte: BOM DIA BRASIL , RG

Nenhum comentário: