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28 de fev. de 2009

Portabilidade numérica alcança todo o Brasil na segunda-feira

Mais 40 milhões de usuários, a grande maioria de São Paulo, vão poder trocar de operadora sem mudar o número do telefone. Esta é a última fase de implantação da portabilidade no país.

Trocar de operadora de telefone sem trocar de número é uma facilidade que, na próxima segunda-feira (2), estará ao alcance de todos os brasileiros. Quarenta milhões de consumidores que ainda não tinham esse direito vão poder exercê-lo.

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A ideia é aumentar a concorrência e melhorar o serviço, mas ainda existem problemas. Um deles é a multa, que algumas operadoras impõem se o consumidor trocar de empresa antes de um determinado período. Muita gente também não vai conseguir fazer a mudança se estiver com os dados cadastrais desatualizados.
Mas, para o Procon, a portabilidade traz vantagens para o consumidor. A principal é o aumento da concorrência entre as operadoras, que vão ter que se esforçar para manter o cliente.
O engenheiro Edson Bianchini tenta, mas em casa não consegue ligar do celular. Não tem sinal na região. Para mudar de operadora, no entanto, o engenheiro teria de mudar de número. Aí, para ele, seria um sacrifício.
“Eu tenho de divulgar o número novamente. Muita gente acaba se perdendo. Você acaba perdendo contatos importantes e acaba perdendo oportunidades ou negócios”, comenta.
Agora com a portabilidade, Edson Bianchini vai trocar de operadora e manter o número de sempre. Ele ainda vai buscar vantagens na negociação com a empresa que escolher.
“Eu tenho que fazer a comparação do mesmo tipo de plano que eu tenho em ambas para ver se compensa ou não eu realmente ir para essa outra operadora”, diz o engenheiro.
A partir de segunda-feira (2), mais 40 milhões de usuários, a grande maioria de São Paulo, vão poder trocar de operadora sem mudar o número do telefone. Esta é a última fase de implantação da portabilidade no país, que deve acirrar a concorrência entre as prestadoras e, quem sabe, melhorar o serviço. Hoje as empresas de telefonia fixa lideram o ranking de reclamações no Procon de São Paulo. As de celular estão em quarto lugar.
“Pode se induzir concorrência e fazer com que as empresas procurem cativar o seu consumidor e também oferecer planos promocionais para receber consumidores de outras operadoras. Assim, acredito que isso pode levar ao aperfeiçoamento do serviço de telefonia”, afirma o diretor-executivo do Procon-SP, Roberto Pfeiffer.
A portabilidade só vale de celular para celular ou de fixo para fixo dentro do mesmo código de área. Passam a ter acesso usuários dos DDD’s 11, 53, 64, 66 e 91. Quem quiser migrar deve procurar a nova operadora, que ficará encarregada da mudança.
Fique de olho nos prazos de adesão. Há empresas que preveem por contrato um ano de fidelização. Se você quiser trocar de operadora neste período, terá de pagar multa. A portabilidade só é efetivada quando as informações do usuário, como CPF e identidade, são iguais nas duas operadoras.
“A maior causa de recusa de portabilidade tem sido pelo cadastro. Inclusive, nós estamos orientando em toda oportunidade que os usuários têm de ter o cadastro atualizado”, disse o diretor-executivo do Procon-SP, Roberto Pfeiffer.
É preciso pesar bem antes de fazer a troca. Nos estados onde a portabilidade já existe desde setembro, há usuários arrependidos. O empresário Jovane de Jesus Silva já mudou duas vezes de prestadora e acabou com o telefone mudo.
“Fiquei à deriva no meio do caminho. No caso, nem a antiga operadora, nem a que estive nela, nenhuma das duas conseguiu resolver e nem restabelecer o serviço como era antes”, contou o empresário.
Muita gente ainda tem dúvidas sobre a portabilidade. Para responder às perguntas mais frequentes, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que fiscaliza a telefonia, fez uma cartilha que pode ser encontrada na internet ou nos escritórios regionais da agência. Com a inclusão desses DDD’s, a portabilidade estará disponível em todas as cidades brasileiras. No total, são 193 milhões de assinantes.
Fonte: Jornal Bom Dia, Brasil

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