Aos 22 anos, a brasileira conquista a bola de ouro pela terceira vez seguida. Festa no Brasil e no mundo para a tricampeã.
Não teve zebra na festa de gala da Fifa. Os favoritos mereciam e levaram os prêmios de melhores do mundo em 2008. Os dois falam português, com o sotaque lusitano de Cristiano Ronaldo e o característico falar alagoano de Marta.
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A jogadora ganhou prêmio pela terceira vez seguida e, aos 22 anos, ainda tem uma longa carreira pela frente como rainha do futebol.
Esporte e política internacional podem caminhar juntos? Sim podem. No meio de uma crise no Oriente Médio, na festa de gala do futebol, foi concedido um prêmio especial à Federação Palestina, que, pela Fifa, é considerada um país.
A federação local construiu um estádio na Cisjordânia. O território não está sofrendo com os ataques de Israel, que se limitam à Faixa de Gaza. A partir de agora, quando a Palestina disputar uma partida oficial, poderá jogar em casa.
A premiação mais esperada da noite veio pelas mãos de Pelé. O rei não escondia qual nome gostaria de ver no envelope. “No ano passado, eu entreguei para o Kaká. Brincando, eu falei para o Cristiano Ronaldo: ‘ano que vem quero entregar para você’”, conta.
O português Cristiano Ronaldo, do Manchester, de 23 anos, é o homem dos dribles e das jogadas rápidas. Ele é campeão inglês, campeão europeu e campeão mundial. Pela primeira vez, um jogador que atua em um clube da Inglaterra levou o troféu
O melhor do mundo disse obrigado a duas pessoas, dois técnicos: ao inglês Alex Ferguson, do Manchester, e a Felipão, que trabalhou com ele na seleção portuguesa.
“Eles foram importantes, porque me ajudaram na carreira que construí até agora. Eles me escalaram quando eu tinha 18 anos para a seleção principal. Por isso, são duas passagens fundamentais que me ajudaram”, declara Cristiano Ronaldo, melhor jogador do mundo.
O argentino Messi foi o segundo. O espanhol Fernando Torres, o terceiro. E kaká, o quarto.
“Foi um ano bom. Não foi excelente como 2007, pelas conquistas, mas foi um ano muito bom. eu tive alguns problemas físicos, mas tive uma recuperação, bons momentos com o Milan e com seleção. Foi um ano bom. não excelente, mas bom”, diz Kaká.
Entre as mulheres, se repetiu a doce rotina de uma alagoana. Marta, com apenas 22 anos, é uma veterana na festa da Fifa. É a quinta participação e o terceiro ano seguido em que é eleita a melhor. Apesar da experiência em subir no palco, não resistiu à emoção.
“É a quinta vez que venho aqui e a terceira que ganho, mas a emoção é como se fosse a primeira vez”, afirma a jogadora.
Pela idade que tem, vem muito, muito mais por aí. “Meu pensamento é de voltar aqui várias vezes. Não sei se ganharei todas, mas trabalho cada vez mais para evoluir”, declara Marta.
Ela venceu com 1.002 pontos - 674 a mais do que a alemã Prinz. Foi uma vitória avassaladora. Cristiane ficou em terceiro.
Em 2008, Marta não conquistou títulos pela seleção. Em Pequim, foi prata. Mas o que encantou técnicos e capitãs que a elegeram foi o talento, as jogadas geniais e os golaços. Agora, ela vai ser a estrela da nova liga americana.
Diante de tamanha supremacia e de tamanha genialidade, o futebol feminino, agora, é definitivamente divido em antes e depois de Marta.
Família de Marta se emociona com a premiação
O futebol de Marta encanta o planeta e enche de orgulho os brasileiros. Mas, ontem, uma família na pequena cidade alagoana de Dois Riachos comemorou mais essa conquista.
A cidade parou, e o povo ficou grudado na frente da TV. A casa de Marcelo Muzenza, amigo de Marta, virou quartel-general da família e dos companheiros de Dois Riachos. "É para a gente ficar fazendo uma corrente, para que ela conquiste a terceira bola de ouro", afirma Marcelo Muzenza.
Marta já foi a melhor do mundo por duas vezes seguidas e é a favorita ao título de novo, mas, para família e amigos, ela já está em primeiro lugar, e há tempo. "Para mim, ela é a primeira, desde quando ela saiu para o Rio", diz Nilda Soares, tia da jogadora.
Desde pequena, Marta queria chegar lá. "Ela sempre tinha vontade de jogar bola longe para ser a melhor do mundo", conta Maria Santos Soares, prima da Marta. "Todo mundo tem que correr pelo seu sonho, como ela correu", comenta Ângela Vieira, irmã da jogadora.
Enquanto a premiação acontecia, a ansiedade aumentava. Dona Tereza, mãe da atleta, procurou apoio nas mãos da cunhada.
Respira fundo, Dona Tereza, que a hora está chegando. O envelope, aos poucos, é aberto. A vencedora é Marta. As mãos agora agradecem e comemoram. "Deus é poderoso. Eu tenho uma filha maravilhosa que Deus me deu", afirma Tereza Vieira, mãe de Marta.
Marta já passou pela Suécia, atua na seleção brasileira e, agora, vai para Liga Profissional Americana, como a principal estrela. O interessante dessa conquista é o fato de ela não ter obtido conquistas em 2008 e, mesmo assim, ter obtido o título de principal jogadora do planeta nesse ano.
Isso se explica pelo seu talento. Ninguém faz o que marta faz em campo. Ela segue, a passos largos, para um dia ser o que Pelé representa para o futebol masculino. Birgit Prinz, que ficou em segundo lugar, é uma grande artilheira, considerada uma jogadora excepcional. Cristiane, que ficou sem segundo, é uma excelente jogadora e extremamente competente.
Fonte: Jornal Bom Dia Brasil, RG
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A jogadora ganhou prêmio pela terceira vez seguida e, aos 22 anos, ainda tem uma longa carreira pela frente como rainha do futebol.
Esporte e política internacional podem caminhar juntos? Sim podem. No meio de uma crise no Oriente Médio, na festa de gala do futebol, foi concedido um prêmio especial à Federação Palestina, que, pela Fifa, é considerada um país.
A federação local construiu um estádio na Cisjordânia. O território não está sofrendo com os ataques de Israel, que se limitam à Faixa de Gaza. A partir de agora, quando a Palestina disputar uma partida oficial, poderá jogar em casa.
A premiação mais esperada da noite veio pelas mãos de Pelé. O rei não escondia qual nome gostaria de ver no envelope. “No ano passado, eu entreguei para o Kaká. Brincando, eu falei para o Cristiano Ronaldo: ‘ano que vem quero entregar para você’”, conta.
O português Cristiano Ronaldo, do Manchester, de 23 anos, é o homem dos dribles e das jogadas rápidas. Ele é campeão inglês, campeão europeu e campeão mundial. Pela primeira vez, um jogador que atua em um clube da Inglaterra levou o troféu
O melhor do mundo disse obrigado a duas pessoas, dois técnicos: ao inglês Alex Ferguson, do Manchester, e a Felipão, que trabalhou com ele na seleção portuguesa.
“Eles foram importantes, porque me ajudaram na carreira que construí até agora. Eles me escalaram quando eu tinha 18 anos para a seleção principal. Por isso, são duas passagens fundamentais que me ajudaram”, declara Cristiano Ronaldo, melhor jogador do mundo.
O argentino Messi foi o segundo. O espanhol Fernando Torres, o terceiro. E kaká, o quarto.
“Foi um ano bom. Não foi excelente como 2007, pelas conquistas, mas foi um ano muito bom. eu tive alguns problemas físicos, mas tive uma recuperação, bons momentos com o Milan e com seleção. Foi um ano bom. não excelente, mas bom”, diz Kaká.
Entre as mulheres, se repetiu a doce rotina de uma alagoana. Marta, com apenas 22 anos, é uma veterana na festa da Fifa. É a quinta participação e o terceiro ano seguido em que é eleita a melhor. Apesar da experiência em subir no palco, não resistiu à emoção.
“É a quinta vez que venho aqui e a terceira que ganho, mas a emoção é como se fosse a primeira vez”, afirma a jogadora.
Pela idade que tem, vem muito, muito mais por aí. “Meu pensamento é de voltar aqui várias vezes. Não sei se ganharei todas, mas trabalho cada vez mais para evoluir”, declara Marta.
Ela venceu com 1.002 pontos - 674 a mais do que a alemã Prinz. Foi uma vitória avassaladora. Cristiane ficou em terceiro.
Em 2008, Marta não conquistou títulos pela seleção. Em Pequim, foi prata. Mas o que encantou técnicos e capitãs que a elegeram foi o talento, as jogadas geniais e os golaços. Agora, ela vai ser a estrela da nova liga americana.
Diante de tamanha supremacia e de tamanha genialidade, o futebol feminino, agora, é definitivamente divido em antes e depois de Marta.
Família de Marta se emociona com a premiação
O futebol de Marta encanta o planeta e enche de orgulho os brasileiros. Mas, ontem, uma família na pequena cidade alagoana de Dois Riachos comemorou mais essa conquista.
A cidade parou, e o povo ficou grudado na frente da TV. A casa de Marcelo Muzenza, amigo de Marta, virou quartel-general da família e dos companheiros de Dois Riachos. "É para a gente ficar fazendo uma corrente, para que ela conquiste a terceira bola de ouro", afirma Marcelo Muzenza.
Marta já foi a melhor do mundo por duas vezes seguidas e é a favorita ao título de novo, mas, para família e amigos, ela já está em primeiro lugar, e há tempo. "Para mim, ela é a primeira, desde quando ela saiu para o Rio", diz Nilda Soares, tia da jogadora.
Desde pequena, Marta queria chegar lá. "Ela sempre tinha vontade de jogar bola longe para ser a melhor do mundo", conta Maria Santos Soares, prima da Marta. "Todo mundo tem que correr pelo seu sonho, como ela correu", comenta Ângela Vieira, irmã da jogadora.
Enquanto a premiação acontecia, a ansiedade aumentava. Dona Tereza, mãe da atleta, procurou apoio nas mãos da cunhada.
Respira fundo, Dona Tereza, que a hora está chegando. O envelope, aos poucos, é aberto. A vencedora é Marta. As mãos agora agradecem e comemoram. "Deus é poderoso. Eu tenho uma filha maravilhosa que Deus me deu", afirma Tereza Vieira, mãe de Marta.
Marta já passou pela Suécia, atua na seleção brasileira e, agora, vai para Liga Profissional Americana, como a principal estrela. O interessante dessa conquista é o fato de ela não ter obtido conquistas em 2008 e, mesmo assim, ter obtido o título de principal jogadora do planeta nesse ano.
Isso se explica pelo seu talento. Ninguém faz o que marta faz em campo. Ela segue, a passos largos, para um dia ser o que Pelé representa para o futebol masculino. Birgit Prinz, que ficou em segundo lugar, é uma grande artilheira, considerada uma jogadora excepcional. Cristiane, que ficou sem segundo, é uma excelente jogadora e extremamente competente.
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