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19 de ago. de 2008

Seleção feminina de vôlei está nas semifinais dos Jogos Olímpicos

Seis jogos, seis vitórias, 18 sets disputados, 18 sets vencidos: é impressionante o desempenho da seleção feminina de vôlei, nas Olimpíadas de Pequim. Elas se classificaram para as semifinais. Entre os esportes coletivos, a seleção feminina de vôlei conseguiu o melhor desempenho. Agora, na semifinal, pode ter a chance de superar, de uma vez por todas, o seu maior trauma.
Reportagem: Pedro Bassan (Pequim)
Vencer ou voltar para casa. Parece que as japonesas entraram de malas prontas na quadra. Vão levar péssimas recordações péssimas recordações. A atacante Mari fez três pontos seguidos de saque no primeiro set.
“Essa bola nova é meio diferente para sacar. Então, se você der uma batida seca, ela morre na frente da passadora, que não consegue assimilar isso rápido”, diz se a atacante Mari.
As orientais têm fama de não deixar a bola cair. Dessa vez, Fabi defendeu tanto que o Brasil ficou parecendo o Japão e ganhou o primeiro set por 25 a 12. A melhor seleção das Olimpíadas até agora impôs respeito.
As japonesas se prepararam tanto para defender as pancadas de Mari, que não seguraram a largadinha. No meio do jogo, ficou tão fácil que o Brasil relaxou. Assim errando muito, misteriosamente, errou também. Com bloqueio de Paula, fechou o segundo set em 25 a 20.
No terceiro, ficou evidente o nervosismo de quem estava quase a caminho do aeroporto. O Japão deu vários pontos de graça para o Brasil. Fabiana terminou com a agonia japonesa e o passeio brasileiro. O último set ficou em 25 a 16.
O Brasil enfrenta o vencedor de Rússia e China. Pode ter que enfrentar a torcida ou o trauma da derrota de quatro anos atrás. Em Atenas, o Brasil estava muito perto da decisão. Ganhava por 2 a 1 e, no quarto set, liderava com folga: 24 a 19. Incrivelmente, desperdiçou cinco pontos que decidiriam o jogo. E a Rússia venceu.
O destino pode dar uma segunda chance à seleção de José Roberto, uma raríssima oportunidade de reescrever a história. Será que é isso que o Brasil quer?
“Eu não prefiro ninguém. Entreguei para Deus. Quem estiver no nosso caminho, temos que quebrar a escrita e chegar em uma final olímpica. Esse é o nosso grande desafio, além de tentar depois um desafio maior”, afirma o técnico da seleção feminina de vôlei José Roberto Guimarães.
Fonte: Jornal Bom Dia Brasil

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