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7 de dez. de 2007

A violência no índice do crescimento

O jovem Ferruccio Silvestro, de 19 anos, teve o rosto desfigurado por três agressores na sexta-feira 30, quando deixava uma boate gay em Niterói, região metropolitana do Rio.
O estudante ficou internado por quatro dias no Hospital Universitário Antônio Pedro. Ferruccio contou que, na saída da boate, foi abordado por um grupo de rapazes. Sentindo que eles queriam arrumar confusão com alguém, o jovem contou ter ficado com muito medo e decidiu fugir da situação.
O estudante foi atacado na madrugada do dia 30 de novembro, sexta-feira, na Praça Leoni Ramos, em São Domingos, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, depois de sair de uma boate GLS com um grupo de amigos. O jovem registrou o caso na 76ª DP (Niterói) na terça-feira (4), depois de ficar internado por quatro dias no Hospital Universitário Antônio Pedro.
“Lá é um ponto GLS. Se eles são hetero e invadem esse espaço, é porque estavam querendo arrumar briga. Corri muito, uns 400 metros da boate até um posto de gasolina. Lá pedi ajuda a um motorista de kombi e ele me disse pra eu sair sozinho da confusão que eu arrumei. Tentei me esconder numa parte do posto em obra, mas eles me acharam e começaram a bater. Só lembro depois de acordar no hospital”, relatou a vítima ao site de notícias G1.
A vítima disse que um dos agressores usou uma moto na perseguição e que havia cerca de cinco pessoas no posto onde ele foi espancado, mas ninguém ajudou.
“Quero muito que eles sejam encontrados. Quero que as pessoas tenham liberdade pra sair. Eles eram três, nem eram tão fortes, mas eu era só um. Tinham entre 18 e 25 anos”, contou a vítima.
Ferruccio está com hematomas no rosto e teve um coágulo na cabeça, mas não deve ter seqüelas.
Para o delegado Mario Azevedo, esse caso é mais um exemplo do fenômeno da intolerância no Brasil: “É um fenômeno que está piorando aqui no Brasil. Nossa sociedade não se diz racista e preconceituosa, mas na verdade ela é. Vamos agir da mesma forma que no caso do casal gay agredido no dia da Parada do Orgulho Gay, em Icaraí. Iremos identificar os agressores e levá-los à Justiça”.
Fonte: Acapa

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