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13 de dez. de 2007

"Minoria mostrou força moral", diz Rodrigo Maia

A sessão para votação da prorrogação da CPMF não tinha nem começado e os parlamentares do DEM cantavam vitória, por terem sido os primeiros a fechar questão contra a contribuição A sessão para votação da prorrogação da CPMF não tinha nem começado e os parlamentares do DEM cantavam vitória, por terem sido os primeiros a fechar questão contra a contribuição. De manhã, indagado sobre a possibilidade de os integrantes do partido ficarem sozinhos na oposição fechada ao imposto do cheque na sessão, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), respondeu: "Seria a glória."
Rodrigo Maia fez o comentário ao chegar à convenção nacional do partido, realizada ontem em um auditório do Senado. Em seu discurso na convenção, Rodrigo Maia atacou os métodos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conseguir votos de última hora em favor do imposto do cheque.
"Muito foi oferecido e recusamos tudo. Foram ofertas de verbas, de favores, todas as tentações que favorecem a corrupção", afirmou o presidente do DEM. "Os parlamentares resistiram. A minoria mostrou a força moral diante do rolo compressor da maioria."
No encontro, o deputado fez questão de contrapor a posição de seu partido à do PSDB, que até a última hora corria o risco de se dividir na votação da prorrogação do imposto. "Nenhum outro partido nos superou em coerência e em defesa da ética", afirmou Rodrigo Maia.
O presidente do DEM aproveitou para elogiar a atuação do líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), "pela posição firme contra a CPMF" durante todo o debate. Ele fez uma referência específica ao senador Jonas Pinheiro (DEM-MT), que chegou a ficar em dúvida sobre votar a favor ou contra o imposto do cheque, pressionado de um lado pelo partido e de outro pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), defensor da prorrogação. "Agradeço a lealdade e a fidelidade do senador Jonas", elogiou Maia.
’BALELA’
O presidente do DEM classificou ainda como "balela" a oferta do governo de destinar todos os recursos da CPMF para a saúde - formalizada bem mais tarde, na sessão de votação. "O governo já gasta mais de R$ 40 bilhões em saúde", disse Maia, citando o valor da arrecadação da CPMF. "No ano que vem terá de gastar R$ 48 bilhões, no mínimo. Se usar a CPMF, só vai trocar a fonte dos recursos. O problema da saúde é corrupção, é má gestão, é o não-cumprimento da Emenda 29", argumentou, referindo-se à lei que regulamenta o investimento em saúde da União, dos Estados e dos municípios.
Fonte:O Estado de S. Paulo
Foto:Jornal Bom Dia Brasil
Rede Globo

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