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22 de nov. de 2007

Direitos humanos

O Globo
Cartas dos Leitores

O sr. Paulo Sérgio Pinheiro, relator especial da ONU, ficou constrangido com as declarações do governador Sérgio Cabral sobre o enfrentamento do crime. Disse ainda que tais declarações causam estragos ao país na comunidade internacional. Gostaria que o governador soubesse que eu, minha família, meus amigos e a maioria absoluta das pessoas que conheço estamos satisfeitos com o grande esforço de seu governo para mudar o quadro de violência que tem identificado a nossa cidade há tanto tempo. Não me recordo, nos meus 49 anos, de outro governante que tenha tido a audácia (!) de declarar o que pensa sobre as coisas que impactam na nossa violência, que tem grande motivação no tráfico de drogas, propondo soluções ousadas e transformadoras.

EDUARDO DANTAS (por e-mail, 21/11), Rio
Então, quer dizer que o governador Sérgio Cabral incita a violência? É no mínimo risível esta declaração do sr. Paulo Sérgio Pinheiro. O enfrentamento se faz necessário, ou alguém acha que o policial vai subir o morro porque está com vontade de matar? E o militar e os quatro PMs assassinados, também merecem consideração desse senhor ou direitos humanos são só para bandidos? Sendo assim, sugiro mudar o nome para direitos do marginal logo de uma vez. Dessa forma, ficará claro para todos nós qual é a função que esses senhores desempenham.

FABIO DE JORGE ABRAHÃO LEITE (por e-mail, 21/11), São Caetano do Sul, SP
Nós, cariocas, apoiamos o governador Sérgio Cabral em sua política de segurança pública.Sabemos que é o início de um árduo e longo trabalho. Cinqüenta anos de bandalheira não serão acertados em um mandato. Eu, que não votei no Cabral nas últimas eleições, o apóio. É uma postura assim que desejamos dos nossos políticos: forte, que nos defenda, que tenha atitude e que parta para a ação. Esperamos os acertos e os erros. Inteligência, estratégia, enfrentamento e perdas (inocentes e culpados) fazem parte dessa guerra.

ISABELA BERNARDES VIEIRA SILVA (via Globo Online, 21/11), Rio
No mesmo dia em que um turista italiano morreu em conseqüência de um assalto em Ipanema, meu filho, de 17 anos, foi assaltado à noite, nas proximidades do Palácio Guanabara, por um assaltante numa bicicleta e armado, que exigiu dele o aparelho celular. Hoje (21/11), leio que mais cinco turistas são assaltados e que relator da ONU diz que Cabral incita a violência.Isso tudo devido à ausência do Estado na educação, na saúde, na ocupação social das favelas e presente de forma truculenta nas comunidades carentes para combater o tráfico, fazendo com que este procure outras fontes de renda: assaltos a transeuntes pelas ruas, munidos de armas e bicicletas.

CARLOS ROBERTO PENNA DIAS DOS SANTOS (por e-mail, 21/11), Rio
A revolta que as pessoas de bem nutrem pelos eternos e cínicos defensores dos bandidos poderia fazer com que essa coluna fosse tomada por palavras de baixo calão. Essas pessoas vibram de prazer sempre que nós, as vítimas dessa guerra suja implantada pelos facínoras, escrevemos aos jornais para reclamar da insanidade e barbaridade deles. No mundinho cabeça em que vivem, saltitam de êxtase por ficar convocando inspetor da ONU para atrapalhar a correta política de segurança do governador Sérgio Cabral. “Quem se junta se assemelha” ou “dize com quem andas que te direi quem és”. Quem defende e incentiva intransigentemente o terrorismo dos bandidos...

ALZIR RABELO (por e-mail, 21/11), Rio
Os direitos humanos são sagrados. Mas que um enviado da ONU apareça para gozar com a nossa cara me parece intolerável. Se fosse de boa-fé, teria insurgido contra um governo que permite que uma moça, possivelmente menor, tenha sido mantida presa em uma cela com 20 homens por um mês.
PIERO BONDI (via Globo Online, 21/11), Rio

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